4 favelas para visitar no Rio de Janeiro

Foto do Corcovado no Rio de Janeiro com vista para o Cristo Redentor para ilustrar o post Conheça as Favelas do Rio de Janeiro e o Morro da Babilônia

Os colonizadores portugueses ao verem o Morro da Babilônia, imaginaram ver uma das sete maravilhas do mundo, os Jardins Suspensos da Babilônia.

História do Morro da Babilônia

O Morro da Babilônia é um dos morros mais simbólico e fascinante. Está localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro e fica entre os bairros do Botafogo, Urca, Leme e Copacabana. O Morro tem uma das vistas mais lindas e privilegiadas do Rio de Janeiro.

O Morro abriga as favelas do Morro da Babilônia e a do Chapéu Mangueira, ambas com vista maravilhosa que dão para o Pão de Açúcar e o teleférico, para a Praia Vermelha, para o Morro da Urca e boa parte da enseada.

O Morro da Babilônia fica no entorno do bairro do Leme e foi nos últimos anos lugar estratégico para a intervenção pública e social. Além disso, segundo o censo de 2010, o tamanho da Favela da Babilônia é no total de 83.731m2 e com densidade populacional de 2.451 habitantes. 

Incluindo, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) que é considerado médio (IDHM entre 0,600 e 0,699), pois em 2010, o IDHM da Unidade de Desenvolvimento Humano (UDH) é 0,684. 

Em junho de 2009, o Morro da Babilônia recebeu a quarta Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado do Rio de Janeiro como parte do projeto de pacificação implementado pela agenda de eventos políticos da cidade.

O site Wikifavela, afirma que há uma disputa de discurso quanto a origem da ocupação da Comunidade da Babilônia. As fontes bibliográficas indicam que as primeiras moradias foram instaladas no período colonial com a chegada de militares e a instalação do Forte Duque de Caxias.

Os moradores mais antigos da comunidade contam que os primeiros habitantes ocuparam o morro em meados do séculos XIX na parte mais alta, onde se deu a origem da favela da Babilônia. 

Essa versão concorda com os registros documentais, que indicam concessões de títulos a militares em decreto de 1934. Ademais, durante o século XX, a ocupação avançou consideravelmente. 

Principalmente, após a construção da Ladeira Ary Barroso que atualmente é o principal acesso utilizado pelos moradores, porém, não é o único.

Também de acordo com o site Wikifavela, a história mais contada sobre o nome “Babilônia”, dá-se porque a ocupação se deu na parte mais alta do morro que tem uma vista linda para a orla da praia e o morro Pão de Açúcar. Por isso, o local foi nomeado com esse nome pelos primeiros moradores militares como uma alusão aos Jardins Suspensos da Babilônia.

O Morro representado nas artes, na cultura e no ecoturismo 

O Morro da Babilônia já serviu de cenário para várias representações artísticas, entre elas para o longa franco-brasileiro Orpheu Negro de 1959, ganhador de Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1960.

Desde então, o interesse pelo morro cresceu e a visita à região tem aumentado com um tipo novo de organização turística, o “Favelatour”. Além disso, outras manifestações artísticas contribuíram direta ou indiretamente para a visibilidade do morro frente ao mundo todo. Destaca-se:

  • O poema “Poema tirado de uma notícia de jornal” publicado em 1930, no livro Libertinagem de Manuel Bandeira;
  • O Documentário Babilônia 2000 de Eduardo Coutinho, estrelado em Em 1999;
  • O filme Tropa de Elite, estrelado em 2007, e,
  • A novela “Babilônia”, de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga exibida pela Rede Globo em 2015.

Nas artes visuais, chama atenção o projeto Jardim Suspenso de 2013 e o Mural Babilônia de 2014. O primeiro, é uma iniciativa coletiva com vários artistas vindos de todas as regiões da cidade. 

O evento agrupa artistas de todas áreas em um acontecimento transdisciplinar, experimental e crítico acerca do circuito artístico contemporâneo da cidade. O projeto atrai um público elevado a mais de 8 mil pessoas e a exposição de artes já inaugurou 3 edições no alto do Morro da Bandeira. O Jardim Suspenso foi criado por dois produtores, Dandara Catete e Álvaro Júnior.

O segundo projeto, trata-se de mosaico desenhado na região para melhorar a aparência do bairro e transformar o Mural em um ponto turístico no Rio de Janeiro.

A primeira manifestação urbana, o mosaico principal, tem cerca de 140 metros quadrados de extensão e cobre um muro de contenção construído pela prefeitura. Sua localização fica na baixada da Babilônia. Foi criado e desenhado pelos artistas plásticos tchecos, X-Dog e Plebe, com o auxílio de outros artistas de diversos países.

Na segunda manifestação, foi criado um banco com a base de mosaico em um local de encontro. Posteriormente outros mosaicos foram criados. Porém, se destacam os postes de luz, “A Morena” e “A Bandeira” ou o seguinte apelo para a relevância da educação: “Educação é o que você faz, quando ninguém olha”. 

No Réveillon, muitos turistas sobem o Morro para assistir à tradicional queima de fogos de artifícios no alto da favela. Além disso, a Associação da Comunidade também organiza trilhas ecológicas e feiras de arte, com almoço de comidas típicas.

Associações e Instituições atuantes no Morro

Ao longo da história do Morro da Babilônia, foram criadas algumas Instituições e Associações com a finalidade de atender as demandas e as necessidades dos moradores da favela.

Segue abaixo, algumas associações e instituições atuantes no local:

  • Projeto Luta Cidadã: associação social de educação familiar que oferece aulas de reforço escolar e de lutas marciais. A associação atende de forma gratuita cerca de 150 alunos, de 6 a 25 alunos.
  • Associação de Moradores da Babilônia: a associação tem o objetivo de melhorar a vida dos moradores, com a função de gerir e administrar a Babilônia.
  • Revolusolar: é uma ONG fundada na Favela da Babilônia, com o objetivo de desenvolver a vida sustentável em comunidades de baixa renda distribuindo energia solar. Com isso, distribui instalações solares para diminuir as despesas com energia da população, além de oferecer cursos profissionais e oficinas infantis.
  • CoopBabilônia: é uma sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolve projetos ligados ao meio ambiente e sustentabilidade ambiental.

Afinal, como chegar ao Morro da Babilônia? É possível chegar ao Morro através de transporte público dependendo do lugar de embarque. A Babilônia fica próximo à estação Cardeal Arcoverde e perto da estação de teleférico Praia Vermelha.

As linhas mais comum que tem rota que passam perto do Morro da Babilônia, são:

Ônibus: 

472 Triagem – Leme (Brs 2 – Via Central/ Rio Sul)

538 Rocinha – Leme (Brs 2 – Via Jóquei/ Rio Sul)

539 São Conrado (Brs 2 – Vila Rocinha/ Copacabana)Metrô: Metrô L1 + L4

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