Se você busca um lugar que proporciona vistas panorâmicas e deslumbrantes do Rio de Janeiro, a Trilha do Morro da Babilônia é uma excelente opção.

O Morro da Babilônia é um dos locais mais interessantes e deslumbrantes do Rio de Janeiro. Localizado na Zona Sul da cidade e entre os bairros do Botafogo, Leme, Urca e Copacabana. O morro oferece vistas maravilhosas da orla, além de abrigar diversas trilhas e pontos turísticos que merecem ser explorados.

Conforme a história mais contada, a origem do nome foi dada pelos primeiros moradores como alusão aos Jardins Suspensos da Babilônia, porque a ocupação se deu na parte mais alta do morro que tem uma vista linda para a orla da praia e para o morro Pão de Açúcar.

Com mais de 83 mil metros quadrados de extensão e menos de 3 mil moradores, a Babilônia é uma favela no Leme, mais especificamente localizada no Morro da Babilônia, entre os bairros do Leme, Copacabana, Botafogo e Urca. Bem próxima a ela, está também localizada a favela do Chapéu Mangueira.

A história

Nos tempos de império, antes mesmo antes de receber o nome “Morro da Babilônia”, o local for utilizado para a construção de um forte, devido a sua proximidade com a praia. Do alto do morro, seria possível monitorar a entrada de possíveis intrusos pela Baía de Guanabara. A localização também permitia uma maior proteção. Os colonizadores portugueses, ao verem o Morro da Babilônia, imaginaram ver uma das sete maravilhas do mundo, os Jardins Suspensos da Babilônia.

O Morro da Babilônia é um dos morros mais simbólico e fascinante. Está localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro e fica entre os bairros do Botafogo, Urca, Leme e Copacabana. O Morro tem uma das vistas mais lindas e privilegiadas do Rio de Janeiro.

O Morro abriga as favelas do Morro da Babilônia e a do Chapéu Mangueira, ambas com vista maravilhosa que dão para o Pão de Açúcar e o teleférico, para a Praia Vermelha, para o Morro da Urca e boa parte da enseada.

O Morro da Babilônia fica no entorno do bairro do Leme e foi nos últimos anos lugar estratégico para a intervenção pública e social. Além disso, segundo o censo de 2010, o tamanho da Favela da Babilônia é no total de 83.731m2 e com densidade populacional de 2.451 habitantes. 

Incluindo, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) que é considerado médio (IDHM entre 0,600 e 0,699), pois em 2010, o IDHM da Unidade de Desenvolvimento Humano (UDH) é 0,684. 

Em junho de 2009, o Morro da Babilônia recebeu a quarta Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado do Rio de Janeiro como parte do projeto de pacificação implementado pela agenda de eventos políticos da cidade.

O site Wikifavela,afirma que há uma disputa de discurso quanto a origem da ocupação da Comunidade da Babilônia. As fontes bibliográficas indicam que as primeiras moradias foram instaladas no período colonial com a chegada de militares e a instalação do Forte Duque de Caxias.

Os moradores mais antigos da comunidade contam que os primeiros habitantes ocuparam o morro em meados do séculos XIX na parte mais alta, onde se deu a origem da favela da Babilônia. 

Essa versão concorda com os registros documentais, que indicam concessões de títulos a militares em decreto de 1934. Ademais, durante o século XX, a ocupação avançou consideravelmente. 

Principalmente, após a construção da Ladeira Ary Barroso que atualmente é o principal acesso utilizado pelos moradores, porém, não é o único.

Também de acordo com o site Wikifavela, a história mais contada sobre o nome “Babilônia”, dá-se porque a ocupação se deu na parte mais alta do morro que tem uma vista linda para a orla da praia e o morro Pão de Açúcar. Por isso, o local foi nomeado com esse nome pelos primeiros moradores militares como uma alusão aos Jardins Suspensos da Babilônia.

Pacificação

Desde 2009, a comunidade conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), com um efetivo de mais de 100 policiais. Pouquíssimas ocorrências foram registradas na região, desde então. É considerada uma das favelas mais tranquilas da cidade. Junto à presença da polícia, vieram também a urbanização e os serviços sociais.

O Morro representado nas artes, na cultura e no ecoturismo 

A tranquilidade, as lindas vistas e a proximidade com a praia atraem o turismo para o Morro da Babilônia. Percebendo isso, diversos hostels se estabeleceram por ali, tornando aquela a área mais turísticas do bairro. Além da localização privilegiada perto da praia, os gringos aproveitam as trilhas cercadas de muita natureza e lindas vistas.

O Morro da Babilônia já serviu de cenário para várias representações artísticas, entre elas para o longa franco-brasileiro Orpheu Negro de 1959, ganhador de Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1960.

Desde então, o interesse pelo morro cresceu e a visita à região tem aumentado com um tipo novo de organização turística, o “Favelatour”. Além disso, outras manifestações artísticas contribuíram direta ou indiretamente para a visibilidade do morro frente ao mundo todo. Destaca-se:

  • O poema “Poema tirado de uma notícia de jornal” publicado em 1930, no livro Libertinagem de Manuel Bandeira;
  • O Documentário Babilônia 2000 de Eduardo Coutinho, estrelado em Em 1999;
  • O filme Tropa de Elite, estrelado em 2007, e,
  • A novela “Babilônia”, de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga exibida pela Rede Globo em 2015.

Nas artes visuais, chama atenção o projeto Jardim Suspenso de 2013 e o Mural Babilônia de 2014. O primeiro, é uma iniciativa coletiva com vários artistas vindos de todas as regiões da cidade. 

O evento agrupa artistas de todas áreas em um acontecimento transdisciplinar, experimental e crítico acerca do circuito artístico contemporâneo da cidade. O projeto atrai um público elevado a mais de 8 mil pessoas e a exposição de artes já inaugurou 3 edições no alto do Morro da Bandeira. O Jardim Suspenso foi criado por dois produtores, Dandara Catete e Álvaro Júnior.

O segundo projeto, trata-se de mosaico desenhado na região para melhorar a aparência do bairro e transformar o Mural em um ponto turístico no Rio de Janeiro.

A primeira manifestação urbana, o mosaico principal, tem cerca de 140 metros quadrados de extensão e cobre um muro de contenção construído pela prefeitura. Sua localização fica na baixada da Babilônia. Foi criado e desenhado pelos artistas plásticos tchecos, X-Dog e Plebe, com o auxílio de outros artistas de diversos países.

Na segunda manifestação, foi criado um banco com a base de mosaico em um local de encontro. Posteriormente outros mosaicos foram criados. Porém, se destacam os postes de luz, “A Morena” e “A Bandeira” ou o seguinte apelo para a relevância da educação: “Educação é o que você faz, quando ninguém olha”. 

No Réveillon, muitos turistas sobem o Morro para assistir à tradicional queima de fogos de artifícios no alto da favela. Além disso, a Associação da Comunidade também organiza trilhas ecológicas e feiras de arte, com almoço de comidas típicas.

Mural da Babilônia

Em 2014, os renomados artistas plásticos checos X-Dog e Plebe lideraram a criação de um mosaico de 140m², batizado de Mural da Babilônia. O local escolhido para a arte foi uma barreira de contenção de encosta. Com tempo, o mural foi sendo replicado por bancos, postes e escadarias da favela. Hoje, é um ponto turístico de destaque na cidade do Rio de Janeiro.

mural da babilônia e chapéu mangueira
Mural da Babilônia
Mural da Babilônia - Leme
Mosaico Babilônia

Trilha do Morro da Babilônia

Atualmente, o Morro da Babilônia é um dos pontos turísticos mais procurados da cidade. A trilha do Morro da Babilônia é uma das mais populares trilhas do Rio de Janeiro e oferece vistas maravilhosas da cidade. O percurso é considerado fácil e para subir pode levar até uma hora.

Durante a trilha, o visitante pode desfrutar de vistas espetaculares da Praia de Copacabana, da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Cristo Redentor. No topo do morro, há um mirante de onde se pode apreciar as melhores vistas do Rio de Janeiro em um ângulo de 360 graus.

Subindo a trilha do Morro da Babilônia, você tem a vista privilegiada da cidade. É uma trilha curta e de fácil subida, de 200m e menos de uma hora de duração. Dê lá, você tem uma visão panorâmica de atrativos como Pão de Açúcar, Cristo Redentor, florestas, praias…

Neste vídeo que produzimos, você pode fazer um breve passeio pela Trilha da Babilônia: (clique para assistir)

Percurso

A trilha do Morro da Babilônia é um passeio ao ar livre imperdível para quem está visitando o Rio de Janeiro. A trilha oferece, ao longo do seu caminho, diversas atrações turísticas, além de vistas deslumbrantes da cidade e do oceano.

O ponto de partida da trilha é a Praia Vermelha, que fica na parte inferior do Morro da Babilônia. Esta praia é muito popular entre os banhistas e é um ótimo lugar para começar a caminhada. A partir daí, a trilha segue por um caminho íngreme e desafiador, mas com paisagem deslumbrante a cada passo.

Uma das primeiras atrações ao longo da trilha é o Forte Duque de Caxias, uma fortificação militar histórica que agora é um museu. Nela o visitante pode aprender mais sobre a história militar do Rio de Janeiro e desfrutar de vistas incríveis da praia e da cidade.  

Subindo o morro, o trilheiro passa pelo Mirante da Bica, um ponto de observação com vistas panorâmicas da cidade, incluindo a Baía de Guanabara e a Praia de Copacabana. Além disso, há vendedores no local oferecendo água e outros itens necessários para a caminhada.

O belo Mirante do Leme

No meio do caminho do caminho da trilha, está localizado o Mirante do Leme. O Mirante oferece vistas impressionantes do Morro da Babilônia, da Praia do Leme e da cidade do Rio de Janeiro. É um ótimo lugar para parar e descansar antes de continuar a caminhada.

Ao chegar no topo da trilha, o caminhante encontra o Mirante do Morro da Babilônia, o ponto mais alto da trilha. O mirante está localizado a uma altitude de cerca de 170 metros acima do nível do mar, proporcionando uma visão privilegiada e ampla da cidade. A vista de lá é considerada uma das mais belas da cidade.

Em suma, a trilha do Morro da Babilônia é uma das melhores opções para quem quer experimentar a beleza natural do Rio de Janeiro e para quem quer fazer um passeio turístico no Leme. A caminhada é desafiadora, mas as vistas panorâmicas e as atrações turísticas espetaculares ao longo do caminho, fazem a jornada valer a pena.

Movimento de guias turísticos locais

Há quatorze anos, um grupo de moradores formou o Amastour, movimento de guias turísticos que tem o objetivo de promover o turismo sustentável e comunitário nas comunidades do Morro da Babilônia e do Chapéu Mangueira.

Os guias turísticos locais são capacitados e treinados para oferecer passeios guiados seguros e autênticos para os visitantes, incluindo passeios por trilhas. Os passeios pelas trilhas são especializados e além de passar pelas rotas dos mirantes, passa também pelos marcos históricos.

Para organizar os passeios pelas trilhas no Morro da Babilônia, os guias turísticos geralmente se reúnem com os visitantes no centro da comunidade. E antes do início da trilha, os guias fazem uma breve introdução sobre a história e a cultura local. Além de explicar as regras de segurança e as dificuldades que podem ser encontradas durante o percurso. 

Além da trilha do Morro da Babilônia, os guias da Amastour também oferecem outros passeios por trilha na região, como a trilha do Chapéu Mangueira e a trilha que leva a Pedra do Telégrafo. Essa última, conhecida pelas famosas fotos em que os visitantes parecem estar no topo de uma rocha à beira do precipício. 

Segundo o site Posto Seis, o movimento também faz rotas personalizadas e inclusivas. Por exemplo, o visitante pode optar por passear até um dos seis mirantes ou até mesmo a todos os seis. Também, pode ser incluído um sétimo passeio escondido na comunidade da Babilônia e contemplar a fauna e a flora local. 

Além disso, eles mostram a cultura e a essência da região, passando por locais que serviram de cenário para filmes, como “Tropa de Elite” e “Orfeu Negro”. Os passeios também são indicados para todos os públicos: anteriormente, o movimento Amastour em parceria com o Coletivo Inclusão, percorreu a trilha com um cadeirante em uma cadeira de rodas adaptada para aquele tipo de solo.  

O que fazer depois da trilha

Quando termina a caminhada, os guias do Amastour levam os visitantes a algum restaurante situado no morro. Geralmente, o estabelecimento escolhido é o Chapéu do Chef ou os levam ao Bar do David, famoso por ter ganhado alguns prêmios do Comida Di Buteco.

O Amatour também ganhou prêmios de reconhecimento por suas ações do Braztoa sustentabilidade, dado pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo.

Em suma, o movimento Amastour oferece passeios por trilhas no Morro da Babilônia de forma segura e autêntica, promovendo o turismo sustentável e comunitário. Além disso, os guias turísticos locais são capacitados para oferecer aos visitantes uma experiência única e enriquecedora, que inclui a exploração da natureza e da cultura local.

Além da trilha, o Morro oferece outras opções de lazer. Por exemplo, o visitante pode aproveitar a Praia do Leme que fica na base do morro e é considerada uma das mais bonitas e tranquilas da cidade. 

Outra opção interessante que fica na região do Morro, é o Forte do Leme, construído entre 1776 e 1779 para proteger a entrada da Baía de Guanabara. Porém, hoje, o Forte abriga um museu e um mirante, de onde é possível ver a Praia de Copacabana e a Enseada de Botafogo.

trilha da babilônia
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Associações e Instituições atuantes no Morro

Ao longo da história do Morro da Babilônia, foram criadas algumas Instituições e Associações com a finalidade de atender as demandas e as necessidades dos moradores da favela.

Segue abaixo, algumas associações e instituições atuantes no local:

  • Projeto Luta Cidadã: associação social de educação familiar que oferece aulas de reforço escolar e de lutas marciais. A associação atende de forma gratuita cerca de 150 alunos, de 6 a 25 alunos.
  • Associação de Moradores da Babilônia: a associação tem o objetivo de melhorar a vida dos moradores, com a função de gerir e administrar a Babilônia.
  • Revolusolar: é uma ONG fundada na Favela da Babilônia, com o objetivo de desenvolver a vida sustentável em comunidades de baixa renda distribuindo energia solar. Com isso, distribui instalações solares para diminuir as despesas com energia da população, além de oferecer cursos profissionais e oficinas infantis.
  • CoopBabilônia: é uma sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolve projetos ligados ao meio ambiente e sustentabilidade ambiental.

Afinal, como chegar ao Morro da Babilônia? É possível chegar ao Morro através de transporte público dependendo do lugar de embarque. A Babilônia fica próximo à estação Cardeal Arcoverde e perto da estação de teleférico Praia Vermelha.

As linhas mais comum que tem rota que passam perto do Morro da Babilônia, são:

Como chegar no Morro da Babilônia de ônibus

472 Triagem – Leme (Brs 2 – Via Central/ Rio Sul)

538 Rocinha – Leme (Brs 2 – Via Jóquei/ Rio Sul)

539 São Conrado (Brs 2 – Vila Rocinha/ Copacabana)

Como chegar no Morro da Babilônia de metrô

Metrô L1 + L4. A estação de metrô mais próxima do Morro da Babilônia é a Cardeal Arcoverde.

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