Acadêmicos do Grande Rio

OGrêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio. A Acadêmicos doGrande Rio é uma agremiação relativamente nova se comparada as outras agremiações do rio de janeiro. Fundada em 22 de setembro de 1988, sendo o resultado da fusão da GRES Grande Rio e da Acadêmicos de Duque de Caxias.

Essa fusão foi uma estratégia para que a agremiação pudesse ser filiada à Associação das Escolas de Samba da cidade do Rio de Janeiro (Extinta Associação que administrou o Grupo Especial, B, C, D e E), pois para que a filiação fosse concretizada era necessário que a futura escola fosse oriunda de um bloco de rua.

Nesse sentido, antes mesmo da fusão, surgiu o G.R.B.C. Lambe Copo, bloco localizado no bairro Prainha, no Município de Duque de Caxias, e devidamente filiado à Federação dos Blocos Carnavalescos do Rio de Janeiro.

Possuindo amplo apoio dentre as agremiações do samba filiadas a Associação, da classe política e da sociedade do Município de Duque de Caxias, foi realizada uma reunião com os fundadores, determinando-se a eleição para a primeira diretoria do Acadêmicos de Duque de Caxias. A partir desse momento a recém criada Escola de samba passaria assim a utilizar a estrutura jurídica do Bloco e assim garantiria sua filiação a Associação das Escolas de Samba da cidade do Rio de Janeiro.

Assim foi escolhido, como primeiro presidente da Escola, o Sr. Milton Abreu do Nascimento, conhecido como Milton Perácio, que logo convidou Jayder Soares (Empresário da Região) para presidente de honra e o então deputado Messias Soares para ser o patrono da Escola.

Oficialmente a Acadêmicos de Duque de Caxias foi fundada em 22 de março de 1988, porém agora havia outra questão a ser superada. Se a Escola estreasse com sua estrutura jurídica oriunda do bloco teria que começar pela quinta divisão.

Nesse momento que chegamos a outra metade dessa fusão, a antiga GRES Grande Rio que era originária da junção de diversas escolas de Duque de Caxias tais como União do Centenário, Cartolinhas de Caxias, Capricho do Centenário e Unidos da Vila São Luís.

A GRES Grande Rio já se encontrava na segunda divisão e representava uma oportunidade para a Acadêmicos de Duque de Caxias “pular” algumas divisões e ficar mais perto da elite do samba. Assim, após muitas reuniões entre os membros das duas diretorias, a Acadêmicos de Caxias e a Grande Rio se fundiram, dando origem à atual Acadêmicos do Grande Rio. Já em sua estreia, em 1989, foi possível observar o sucesso dessa fusão, pois a escola já subiu de grupo, com o enredo “O mito sagrado de ifé” subindo para o Grupo A. Em 1990, já no Grupo A (hoje Série Ouro), foi vice-campeã, garantindo pela primeira vez o acesso de uma Escola de Duque de Caxias ao Grupo Especial.

Entretanto, em 1991, a Agremiação ficou em último entre as 16 Escolas da elite e foi rebaixada. Já em 1992 sagrou-se campeã do então Grupo A, subindo novamente ao grupo Especial.

Em 2003 consegue seu primeiro grande resultado ao conquistar o terceiro lugar, atrás das Escolas Beija-Flor e da Mangueira. Após esse ano a agremiação se firma na parte de cima da classificação das escolas e é quatro vezes vice-campeã em 2006, 2007, 2010 e 2020.

Neste interim a agremiação é também marcada por uma tragédia em 2011, a um mês dos desfiles, um incêndio destrói os barracões das escolas de samba União da Ilha do Governador, Portela e Grande Rio. A Grande Rio foi a mais prejudicada, pois foram queimados os seus oito carros alegóricos e 3,3 mil fantasias.

Mesmo com essa infelicidade, a Escola se reinventa e recria o seu desfile em menos de um mês, com a ajuda de sua comunidade consegue ir a Marques de Sapucaí desfilar.

Finalmente, após anos de lutas e sacrifícios, o primeiro título vem no ano de 2022 com o samba-Enredo Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu.

Cores, Símbolos

As cores escolhidas pela agremiação são o verde, o branco e o vermelho.

Composto por uma coroa encima de um escudo dividido ao meio, que estão sobre um fundo vermelho com um tambor com suas baquetas cruzadas e do outro lado, sobre um fundo verde a Reduc (Refinaria Duque de Caxias), e logo abaixo é possível observar uma fita branca com o se o nome da agremiação.

Sambas-enredos Marcantes

Se destacam entre os Principais Sambas-Enredos da escola os seguintes:

Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu – Talvez seja o principal samba-enredo da história da Agremiação, pois foi o samba que levou a Escola a seu primeiro título em 2022. O samba-enredo homenagea Exu, divindade presente nas religiões de matriz africana que faz ponte entre os humanos e orixás.

No Mundo da Lua – no ano de 1992, Alexandre Louzada criaria o enredo “No mundo da lua”, para falar de nosso satélite natural, a Lua. Considerando um marco na evolução da Agremiação. Seu deslumbrante samba-enredo foi composto por dez famosos compositores, resultado da união dos três sambas-enredo concorrentes da final da votação da escola. Após um ano de preparação o samba-enredo entrou em 1993 deslumbrante na Sapucaí.

Vamos Vestir a Camisinha, Meu Amor – no ano de 2004 a agremiação volta a inovar e traz um samba-enredo alertando sobre a importância do uso da camisinha nas relações sexuais. A Agremiação chegou a receber elogios do Ministério da Saúde e da ONU pela importância do alerta.

Amazonas, o Eldorado é Aqui – No desfile de 2006, levando a história de exploração na Amazônia para a Sapucaí, a Grande Rio conquista um dos seus melhores resultados: o vice-campeonato.

Personalidades Marcantes

A escola é repleta de personalidades marcantes, começando por sua famosa rainha de bateria Paola Oliveira que já desfilou 04 vezes pela Escola. Outras personalidades como Camila de Lucas, Mel Maia, Gil do Vigor, David Brasil, Carla Diz e Adriana Bombom também já estiveram em ensaios e desfiles da escola.

Em 2001, chamou a atenção do mundo ao trazer o dublê americano Eric Scott e seu foguete portátil, com o qual sobrevoou a Sapucaí algumas vezes.

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